quarta-feira, 10 de março de 2010

Novas fases

Hoje, pela primeira vez na minha vida de pessoa maior de idade, assinei a minha própria autorização para ir a uma visita de estudo! Foi um momento muito emocionante que ocorreu durante a aula de Economia C, enquanto a professora gaguejava e gesticulava na minha direcção, pedindo-me para me calar. Tirei uma fotografia à assinatura e tudo!

Entretanto tenho passado os meus dias TODOSSSS a ir estudar à tarde para o CCB com amigas, estou mesmo verdadeiramente farta das aulas. A inutilidade das coisas que tenho que aprender neste momento transcende qualquer coisa imaginável... E o pior de tudo é que se acabar por ir para Direito, estes três tortuosos e intermináveis anos que passei a estudar essa disciplina diabólica que é Matemática A irão parecer-me uma sucessão de auto-flagelações semanais que apenas demonstram desrespeito por essa coisa preciosa que é o tempo.

E mais um dia em que a minha aura brilhante trouxe até mim uma pessoa estranha que, de algum modo, perturbou um pouco mais a minha sanidade mental:

Hoje na estação de Algés, um homem que não devia ter ainda 40 anos sentou-se ao meu lado no banco e começou a meter conversa comigo. Era um daqueles seres que só de se olhar para a cara, se apercebe de que há ali qualquer coisa que não bate muito bem. Tinha uns olhos malucos e falava como se já fosse mesmo muito velhinho, mas era novo. Começou logo a perguntar-me como é que estava a correr-me a escola, enquanto se inclinou para mim e começou a mexer no meu dossier!! E estava sempre a tentar arranjar assunto de conversa, enquanto olhava com um ar psicopático para mim, e eu respondia "hum hum" porque, apesar de não querer mesmo falar com uma pessoa com olhos malucos, tambem não queria ser mal educada, não é? Uns 3 min. depois o comboio dele chegou heroicamente (enquanto eu rezava por dentro "por favor senhor Deus, se me amas, faz com que este senhor apanhe o rápido para Cascais e não o lento para Oeiras") e ele levantou-se, agarrou-me pelos ombros e deu-me dois beijos, e ficou a esfregar o meu ombro esquerdo durante os 20 intermináveis segundos que o comboio levou a travar, sempre a repetir "Muitas felicidades menina" (eu acabei por responder "para si tambem").

Ok, eu tenho mesmo pena destas pessoas e percebia-se realmente que o senhor não era bom da cabeça, mas por favor, arranjem outra pessoa ao lado da qual se sentarem nas estações de comboio, autocarros, salas de espera, bancos de jardim e etcetras, ok??